terça-feira, 4 de novembro de 2008

Valores, normas e comportamentos

Socialização e cultura: valores, normas e comportamentos
Se é a partilha de um padrão de cultura comum que garante o entendimento dos indivíduos entre si no seu quotidiano, então é necessário que todos os membros de qualquer grupo social conheçam o seu padrão de cultura. A esse processo de ensino-aprendizagem da cultura de um grupo social chamamos socialização. É um processo permanente que começa quando o indivíduo nasce e só termina com a sua morte, sendo particularmente importante nos primeiros anos (socialização primária). A criança aprende desde cedo, normalmente, com a família a comportar-se como membro da sua comunidade; mais tarde, a escola, os amigos e os meios de comunicação social completarão esse processo de ensino-aprendizagem (socialização secundária) que se irá prolongar com a aprendizagem de muitos outros comportamentos, consoante os grupos por onde os indivíduos forem passando.
Valores (sua relatividade) e coesão social
Na base de toda a cultura estão os valores que são concepções gerais do “bem”. Os valores são relativos – cada grupo social e cada cultura tem os seus, havendo, necessariamente, uma área comum a todos os povos. Valores como a justiça, a beleza, a lealdade, são, certamente, comuns a todas as comunidades, podendo, todavia, ser interpretados de modo diferente. O conceito de beleza africana não coincide com o da beleza oriental, por exemplo.
Os valores, ao serem referências para os indivíduos, dão origem a modelos de comportamento que se transformarão, por sua vez, em normas ou regras que orientarão as condutas sociais ou as relações existentes na vida dos povos. Assim, valores, modelos de comportamento, normas e prática social ou acção social constituem a génese da nossa vida em sociedade. São os valores e os modelos que garantem a previsibilidade do nosso comportamento em sociedade e dão estabilidade e coesão à vida social.
Hábitos e tradições populares (folkways)
A vida social em todos os lugares é cheia de problemas – como extrair os recursos da Natureza, como dividir os frutos do trabalho ou da boa sorte, como nos relacionamos agradavelmente uns com os outros, e muitos mais.
Os seres humanos procuraram ao longo dos tempos diversas formas de como relacionarem-se e procuram passar a gerações que se sucedem, muitas vezes por meio de ensaio, erro, puro acidente ou por alguma influência desconhecida, uma dada maneira normal de atender a uma determinada necessidade.
Quando isso é passado a gerações que se sucedem e torna-se uma das maneiras de fazer do povo, diz-se que é um folkway.
Folkays são, assim, simplesmente, as maneiras normais e habituais de um grupo fazer as coisas. São seus exemplos, o apertar de mãos, o comer com garfos e facas, usar gravatas em certas ocasiões ou conduzir do lado direito de uma via.
Nota: explorar os textos das páginas 77 e 78 do livro adoptado.

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