terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"Hackers versus Crackers"

"Os «hackers» não são aquilo que os meios de comunicação dizem que são: não são um bando de informáticos loucos sem escrúpulos que se dedicam a vulnerabilizar (crack) os códigos, a penetrar ilegalmente nos sistemas ou a criar desordem no tráfego informático. Os que actuam desse modo recebem o nome de «crackers», e a cultura hacker rejeita-os, embora eu considere pessoalmente que, em termos analíticos, os «crackers» e outros tipos cibernéticos (tais como os «warez d00dz»; muitos dos quais se podem enquadrar na categoria de «script kiddies») pertencem a uma subcultura de um universo hacker muito mais amplo e geralmente inócuo. Um dos principais analistas/participantes observadores da cultura hacker, e um ícone da mesma, Eric Raymond, define o «hacker» de um modo tautológico: os hackers são aqueles que a cultura hacker reconhece como tais. (...). A cultura hacker, na minha opinião, inclui o conjunto de valores e crenças que surgiram das redes de programadores informáticos interagindo on-line em torno da sua colaboração nos projectos auto-definidos de programação criativa (Levy, 2001)." - Castells, Manuel (2004). A Galáxia Internet. Reflexões sobre a Internet, Negócios e Sociedade. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa.
Pedido: comente o texto tendo em conta o aspecto do "controlo social e a fomação de elites"

Sem comentários: